quarta-feira, 30 de novembro de 2011

The best

Eu mal pude acreditar quando vi minhas melhores amigas ali nos fundos da minha casa como duas meliantes e junto delas um homem que nunca tinha visto antes

- Venham aqui suas malucas!  - Puxei as duas para um abraço coletivo. Posso saber o porquê da demora? – Esperava mais de você dona Lana.



- Que história é essa de noivado Lana?  Está sofrendo algum tipo de chantagem? Lavagem cerebral? Quase cai dura quando ouvi as palavras Lana e noivado na mesma frase.  Pensei que se um dia ouvisse isso seria relacionado a certo gatão que esta morando em Barnacle Bay.  Não pensa que vai sair daqui sem explicações se bem que provavelmente eu não vou deixá-las ir embora de qualquer jeito.  – Estava quase sem fôlego quando terminei de falar tudo ou quase tudo... Faltava uma perguntinha.

- E quem é esse ai?



- Que bom que posso falar um pouco agora. Aquele bonitão ali é o Dry. Ele é o responsável pela minha segurança e se não fosse ele já teria morrido de tédio nessa cidade enquanto tive que ficar praticamente trancada em cativeiro. – Da pra imaginar o quanto de “sacrifício” foi pra Lan ficar trancada com ele. – Logo eu vou embora e ainda bem que ele já arrumou uma nova diversão. Não é Sam? – Devo estar doida, mas senti um tom de ironia na voz da Lana.

- Não presta atenção em nada que ela falar Deh, ela esta delirando se acha que eu vou ter alguma coisa com o caipirão ali. – E agora a Sam estava envergonhada? – Acho que temos muito mesmo pra conversar essa noite e tinha um jeito perfeito pra segurá-las.



- Então meninas nós temos muitos assuntos e eu tenho um bar e espaço de sobra nessa casa.  Podemos fazer uma festa do pijama. – Só de “meninas” é claro. O que me dizem?

- Eu topo. Então eu acho que a Best já pode dispensar aquele jagunço. – Tudo bem que a Sam não é a mais amistosa das criaturas, mas parece mesmo que ela esta implicando com o tal Dry.  A Sam esta escondendo alguma coisa.

- Se quer me segurar mesmo aqui você esqueceu-se de oferecer a Jacuzzi Deh. E sinceramente, vocês não sabem mesmo brincar. Eu posso falar com ele se quiser, mas aposto que ele não vai embora sem as ordens do príncipe. 




- Se precisavam de proteção não precisam mais. – O Miguel disse me abraçando por trás.
- Viu? É de um guarda costas que você precisava? – Ai está o Miguel pra proteger as donzelas indefesas. Agora vai lá e dispensa o grosseirão.
- Se a Deh não se incomodar dele guardar a minha costa também... – Virei meu rosto em direção ao Miguel e apertei com força minhas unhas no seu braço esperando uma gracinha. – Ele que se atrevesse.
- Só o olhar da Deh já te respondeu não é? – Sinto muito Lana, mas eu prezo e muito meu casamento e a minha vida. – Ele disse rindo.


domingo, 27 de novembro de 2011

Chega de bagunça

Fui treinar um pouco montaria e foi outro dia de desastre e comédia. Não sabia ao certo o que fazer para o cavalo ir à direção correta e de vez em quanto ele ia em direção as ruas. – Foi maravilhoso ficar com medo de causar um acidente e ainda me esborrachar no chão sem falar na dor que eu ainda estava sentindo.



Cheguei cansada, com fome e com a casa toda imunda pra me receber. – Não agüento mais isso. Pagando uma empregada que não faz absolutamente nada em casa é demais. – Será que na cidade tem outra agência de empregos? – Cansei de ficar me estressando sem tomar atitude, peguei o telefone e me informei com a telefonista lerda. Anotei o número e liguei em seguida



- Não minha querida eu não quero uma empregada a que eu tenho já estou dispensando, obrigada. Gostaria de saber se você tem uma boa governanta disponível. Uma dessas que pode até dormir no emprego se necessário... – Ficaram de fazer uma seleção e me enviar a mais qualificada, mas isso pode levar alguns dias.

Que maravilha, só falta minhas amigas chegarem aqui e me encontrarem morando em um chiqueiro.




Amooor, você poderia ir atrás da Lana e da Sam, não é? Estou com tantas saudades daquelas malucas... Trazê-las nem que fossem arrastadas pelos cabelos. – Disse quando ele apareceu na sala.
- Sou grande, mas sou só um Deh... Já viu quanta gente plantada por ai esperando uma chance? Ela já teria arrumado um jeito de aparecer se quisesse... Trazê-la pelos cabelos? Tem certeza? Ela pode gostar desse tratamento. – Ele poderia ter dispensado o sorriso, juro que deu vontade de bater, mas mesmo não assumindo eu sei que ele é  mais ciumento que eu então dei o troco.
- Eu apenas pedi um favor, mas se quer brincar de faz de conta... Sei usar a minha imaginação muito bem, sabia? – Escutei ele bufar e de repente seu humor se foi.  – Só ele pode brincar?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quem disse que seria fácil?

Quem disse que seria fácil fazer um simples comercial de uma hípica? O figurino até que não é dos piores eu adorei a idéia de voltar a atuar. Mesmo que seja para a população regional estava valendo à pena. – Eu amo interpretar. Sempre foi o que eu queria fazer desde criança.
Fazer amizade com o animal o.k. mesmo nunca chegando perto de um cavalo antes eu não fui tão mal assim. 



A pior parte foi ter que aprender a cavalgar. A risada foi geral quando eu montei pela primeira vez no Veloz. Acho que ai está meu dom... Talvez a comédia seja o meu lado artístico de verdade, quem diria... – Palhaçadas a parte eu me aventurei a dar uma volta montada no cavalo e realmente meu dom pra isso também parece ser nulo. – Será que eu não sirvo para nada relacionado a plantas e animais? – Só falta eu comprar um cachorro e ele querer ficar me mordendo...



Depois de algumas horas de treino eu tive que parar porque eu estava com uma horrível dor no meu bumbum. – E eu nem me lembrava mais que o bendito chapéu estava cozinhando meu cérebro de tão quente que estava na minha cabeça. Definitivamente não levo jeito algum para isso, mas eu adoro desafios e esse é um dos grandes.
Voltei cansada pra casa disposta a ver se dessa vez eu conseguia falar com a dona Lana ou com a Sam que estava praticamente isolada do outro lado da cidade.


Depois de receber uma merecida massagem eu fui tentar em vão falar com as duas amigas mais complicadas que alguém poderia ter, mas vejam o lado bom... Doidas, mas as melhores amigas do mundo. –Não vejo a hora de deixar a Alice por conta do Miguel e sair pra me divertir com elas e matar todas as saudades e colocar os comentários em dia. – Claro que fiquei na vontade, porque conseguir falar com elas estava impossível. – Pensei em sinal de fumaça pra ver se dava certo. Talvez fosse minha única chance.



Fui deitar inconformada por estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe das minhas amigas. A única coisa que me perturbava mais que isso era a dor que ainda estava sentindo que agora subia pela minha coluna. – Porcaria! – Resmunguei antes de cair no sono.
Pela manhã acordei com um peso em cima de mim.

- Mamãe to com fome, levanta logo! O papai disse que já está na hora. – Não conseguia abrir o olho.
- E porque ele não faz? Deixa a mamãe dormir só mais um pouco...
- Ele disse que a senhora tem que acordar pra ir montar no cavalo e que se eu acordar a senhora ele me leva pra tomar "sovete". – Que cachorro! Usando a filha pra me tirar da cama de madrugada.  – Ir trabalhar deixar a Alice ganhar um sorvete e bater no Miguel por fazer essa sacanagem comigo... Bons motivos para me fazer levantar.