- Aonde vamos?
- Sinceramente você eu não sei, mas eu estou indo conhecer a
noite na cidade. – Respondi malcriadamente. Segundo a Lana é ruim, porém eu
estava disposta a arriscar.
- Vou me trocar e eu vou com você.
- Sei me defender e n... – Ele me deixou falando sozinha –
Odeio que façam isso comigo.
Sai apressadamente pela porta e esperei desesperadamente que
o táxi chegasse antes do carrapato do Devin resolvesse mesmo vir atrás de mim e
deu certo. Cheguei em pouco tempo em um lugar chamado “Local Quente” só se for
quente pelo sol já que estava deserto. Fiquei decepcionada ao ver o lugar tão
charmoso vazio.
- Um ótimo lugar para ficarmos a sós – Claro que nem
precisei virar para conhecer a voz do meu amigo logo atrás de mim.
- Como me achou aqui? Perguntei sem me virar.
- Igual nos filmes. Disse ao motorista: Siga aquele taxi...
Sabe como é, né? – Bem assim não da pra ficar e antes de sair dessa ilha tenho
que ter uma conversa séria com ele.
Estava dando meia volta quando chegaram alguns homens que
vieram nos cumprimentar. Claro que fomos reconhecidos e um pediu licença e se
dirigiu ao bar – Era o que talvez eu precisasse, uma bebida... Fui até ele
- Andrea Montez eu posso preparar algo para você beber?
Fiz o sinal com o indicador e ele se aproximou – Puxei seu
rosto mais próximo para que não precisasse falar muito alto alguém estava
atento demais aos meus gestos.
- Poderia, por favor, fazer uma bebida para mim? Algo forte,
por favor. –
Foi engraçado perceber que o homem se arrepiou ao meu toque.
Fui rodeada por eles e todos estavam bebendo e eu contando
algumas coisas sobre o mundo do cinema apenas o Devin mantinha certa distancia
com cara de poucos amigos e atento como um cão de guarda. Estava começando a me
irritar seriamente com ele mesmo assim não iria me preocupar com isso agora.
Peguei só mais uma bebida – a última dos meus planos dessa
noite e ficaria ali só mais um pouco, já estava ficando entediada principalmete com o loirinho que era o mais tagarela de todos.
Devin cansado de ficar naquele lugar pediu licença para os rapazes que sairam de perto.
- Hora de voltarmos pra casa, está ficando tarde e já esta
bebendo mais do que deveria.
- Pode deixar que eu sei me cuidar, pode ir embora e me
deixar aqui que eu volto sozinha.
- Vou te esperar lá fora, não vou te deixar aqui sozinha depois de ter bebido – E
desceu – Que graça eu tenho um guarda costa particular, não é um amor? <3
Pior que eu não posso mesmo beber ainda mais em um lugar
desconhecido e com pessoas desconhecidas. Minha cabeça já estava começando a
dar voltas.
Dei tchau para o pessoal e desci com a mão apoiando no
corrimão. Alguns passos depois ele estava ali parado e impaciente.
Ele chamou o táxi e logo estávamos de volta à mansão. Meu
estômago estava embrulhando e minha boca estava com um gosto estranho daquela
bebida forte que eu não tinha noção do que era. Passei correndo para a cozinha
e fui beber um suco ou algo para ver se aliviava a sensação. Logo ele estava
ali novamente e retirou o suco da minha mão.
- Ei me devolve! – gritei com ele.Nesse movimento minha cabeça voltou a girar.
- Devolvo sim, mas antes eu preciso fazer uma coisa e não da mais pra aguentar. Espero que não fique brava ou chateada e já que faz questão das desculpas então desculpe-me por isso. – Ele inclinou sobre mim e começou a beijar meu pescoço.
- Melhor me soltar Devin...
Ele não me obedeceu e com a sua mão
esquerda pegou minha perna por trás e deu um impulso que me fez sentar no
balcão.
Ele deslizou sua mão que estava na minha perna mais pra cima
e me puxou de encontro ao seu corpo. Não sou inocente e sabia até onde ele queria chegar e quando tentei sair ele me puxou para que me
corpo inclinasse de encontro ainda mais a ele e levantou seu rosto e me beijou.
Nem de longe parecia aquele beijo que ele me deu durante as filmagens ali não
tinha plateia e ele se sentiu mais a vontade de dar um beijo mais abrasador.
Afastei devagar segurando seu rosto.
- Está feliz? Não vai dar pra continuarmos amigos você agindo
desse jeito. Por favor, pare de me seguir e não me dirija mais a palavra. – Dessa vez eu falei com calma, mas tenham certeza que quando eu falo assim é bem pior do que quando grito.