Quando finalmente meu celular deu sinal de vida vi os recados da Lan na caixa postal, liguei em seguida e pelo milagre de Deus ela veio ao meu encontro, trouxe presentes para as crianças e ainda que com certo
receio eu insisti para que ela segurasse seu afilhado. Claro que não foi tudo
tão perfeito ali e com sua cara de pau ela teve coragem de cantar o Miguel na
minha cara assim que o viu com o novo visual. – Se não fosse minha amiga e eu
soubesse que ela expressou sua gracinha em voz alta apenas para me irritar eu
teria partido ela ao meio sem pensar duas vezes.
Deixei
as crianças aos cuidados do pai e fui com a Lana até o Café Molto Expresso e
conversamos sobre minha família e ela sobre sua orgia com os gêmeos. Pena que
quando conseguimos nos encontrar ela já estava com a viagem de volta marcada
para o dia seguinte.
Eu
também não pretendia ficar muito na cidade, mas prometi a Bianca que teríamos
um tempo só nós duas então quando soube do festival da cidade a levei comigo
para passear. Quando chegamos ao local reconheci na hora o armazém abandonado
aonde eu e o Patrizio nos protegemos da chuva aquela vez, claro que agora ele
tem mais serventia e que por ironia começou a cair sem dó quando chegamos.
Tomamos um sorvete e tudo mais que uma prima dedicada, linda e amorosa como eu poderia
fazer para agradar uma menina tão entusiasmada como ela. Até pedi para uma
senhora que passava tirar uma foto nossa para que ela guardasse de lembrança.
Assim que o tempo melhorou fomos passear la fora e fiquei
com pena ao falar para ela que minha volta à Bridgeport não demoraria a
acontecer, precisaria voltar às gravações e o Miguel ao seu trabalho. Partiu
meu coração ao olhar para ela e vê-la chorando. Se pudesse carregaria a menina
comigo.
Enchi a
pequena de carinhos, agradei como pude e comprei a ela um presente e prometi
que voltaria em breve, mas ainda iriamos nos ver novamente antes da minha
partida.
Cheguei a
casa e fui surpreendida com rosas vermelhas e um irrecusável convite para
jantar com meu marido no restaurante do centro da cidade. Não perderia uma
oportunidade dessas por nada. Cidade acolhedora, comida maravilhosa e a
companhia perfeita do meu marido. Subi correndo para
tomar um merecido banho e escolher uma roupa. – Sim realmente não é fácil
encontrar uma roupa, acho que deixei as melhores em Bridgeport. Ainda precisava arrumar o cabelo, passar um
perfume... Demorei quase três horas para ficar pronta, ele já estava inquieto.
-
Demorou tanto e esqueceu-se de colocar o resto da roupa? Você é uma mulher casada,
não deveria anda assim.
- Com um
guarda costas do lado eles vão fazer de conta que nem vão me ver, agora para de
graça e vamos, não estava com pressa?
Fizemos
nossos pedidos e comemos sem pressa e falamos sobre a leitura do testamento no
dia seguinte e sobre as passagens já compradas também para amanhã.
O jantar
foi perfeito e aproveitei para beber um pouco mais. - Fomos caminhando pela cidade - eu apoiada um pouco no Miguel. Tudo já estava praticamente deserto por
causa do horário. O Miguel me puxou para um cantinho em frente ao Museu.
- Vem
aqui, aquele dia não quis namorar e fui fazer suas vontades e hoje é minha
vez... Esse vestido curto só vai facilitar as coisas. – Hum... Por que eu diria
não? Escondido ainda continua sendo mais gostoso.