Jantar a dois

Um dia cansativo de trabalho que chegava ao fim, não via a hora de chegar em casa e me jogar no sofá e fazer coisa alguma a não ser brincar com a Alice e ficar com o Miguel. Quando fui procurá-lo ele estava me esperando já arrumado no escritório. – Ele veio ao meu encontro, me abraçou e me perguntou.

- Vamos jantar fora essa noite? – Mesmo cansada não consegui recusar a um convite feito com um sorriso tão bonito.

Ainda estava cedo e me dei ao luxo de tomar um relaxante banho de espumas e depois me arrumar com calma. – Demorei um pouco, mas o resultado final não estava nada mal, pelo menos nenhuma olheira para demonstrar minha exaustão. – Tinha certeza que o jantar era uma maneira dele se desculpar pelo comportamento do seu pai.

Ele me levou para jantar onde sempre costumávamos ir antes de nos casarmos, um lugar ao ar livre e sem badalação. Fiquei um tempo pensado como uma pessoa como ele poderia ser filho daquele homem que nem ao menos quis saber o nome da neta.

Nossa presença não demorou a ser notada por um paparazzi, mas isso já era de se esperar e não estragou nossa noite. Brindamos, namoramos e conversamos. – Como eu desconfiava ele se desculpou pela atitude do meu sogro e disse que foi por isso que quando ele perguntei sobre sua família ele não mencionou o pai. A única família que ele teve foi a mãe que já não estava entre nós.

No final do nosso passeio ele me entregou um lindo buquê de rosas e isso me fez lembrar por que foi tão fácil que eu me apaixonasse por ele. Sempre me surpreendendo com suas atitudes e seu jeito amoroso e se não fosse nossa pequena nos esperando em casa poderíamos ter prolongado um pouco mais a nossa noite. – No final eu já tinha me esquecido o cansaço.