Provocação

Tomei um banho e me arrumei. – Não posso negar que minha intenção era mesmo provocar. – Não sei quer hora eu volto, toma conta da Alice.

- Você não vai a lugar algum vestida assim, não mesmo.

- Tente me impedir pra ver o que acontece.

Ele não tinha opção, então me deixou ir. Na verdade nem sabia pra onde eu iria, mas ali eu não ficaria e eu tinha que me acalmar. – Talvez eu precisasse de uma bebida.

O Salão da Prosperidade era o mais próximo no momento, então não pensei muito. – Alem da bebida a música ao vivo talvez ajudasse a me acalmar, porque pensar eu já não estava pensando direito há algumas horas.

O músico que tocava a pouco veio se sentar do meu lado no bar ficava me observando. - Claro que ele me conhecia, quem nessa cidade não me conhece?

- Desculpe me intrometer, mas estou te observando há certo tempo e acho que já bebeu o suficiente por hoje.

Eu ignorei seu comentário e me levantei. - Minha sorte é que eu estava em uma área restrita, assim minha dança no balcão não seria noticia de capa de alguma revista de fofocas. – É claro que me arrependeria disso depois, mas só queria parar de me preocupar um pouco.

Assim que desci ele me convidou pra dançar. - Não vi motivos pra recusar, com tantas restrições que eu mesma me impusera esse tempo todo não estava servindo de nada mesmo.

Estava exausta mentalmente e fisicamente. - Estava na hora de ir embora mesmo sem estar preparada para uma provável discussão a Alice precisa de mim. - Acho que ele notou minha mudança de expressão.

- Não vai dirigir nessas condições, não é?

Eu não estava de carro e ele se ofereceu a me levar para casa, e não vi mau nenhum em aceitar. – Quando chegamos percebi que as luzes estavam acesas e ele deveria estar me esperando.

-Obrigada... – Foi ai que eu percebi que aceitei a carona de um completo estranho que nem ao menos perguntei o nome. – Antony – Ele me disse quando notou meu embaraço.

- É um prazer, não é sempre que se pode levar Andrea Montez para casa. – Então ele realmente sabia quem eu era.