- Não, e
quem gosta? Fiz uma careta ao pensar no assunto.
- Depois
desse dia ficamos amigos e você começou a me convencer a participar das suas
travessuras. Não entendia porque eu me deixava ser manipulado de tal forma e
fazer todas as suas vontades. Deveria te odiar por ter me metido em tantas
enrascadas em apenas quinze dias eu levei 90% de todas as broncas de toda a
minha vida.
- Não
foram tantas assim...
Teve o
dia que me convenceu a sair escondido de madrugada para soltar bombinhas em uma
ruína da cidade e adivinha quem saiu mal na historia?
- Você
não sabia se divertir.
- Eu
sabia sim, diversão não tem nada a ver com vandalismo e foi isso que você fez
aquele dia...
Acabei
preso porque sua mãe havia acionado a policia e reclamou sobre o nosso sumiço.
De brinde levei uma bronca da titia.
- “Onde
levou minha filha?! Cadê ela? Ela não pode ficar sozinha por ai até essa hora
Patrizio!”.
- Nunca
senti tanta raiva de você... Por sua causa levei mais broncas naquela semana do
que em todo resto da minha vida - ele voltou a reclamar.
- Quando
cheguei toda feliz por ter conseguido voltar pra casa e me esconder da polícia
vocês me esperavam sentados no sofá e pela cara que a mamãe fez eu mudei minha
feição rapidamente. Sabia que teria que arcar com as consequências.
- “Esta
encrencada mocinha, suba agora para seu quarto e amanhã eu a Silvia vamos
decidir um castigo para os dois” – O olhar que o meu primo lançou não era dos
melhores, ele estava bravo comigo.
O
castigo foi pra eu sair somente acompanhada pela mamãe e agora ela fazia
questão de conferir se portas e janelas estavam trancadas antes de dormir e o
Patrizio foi proibido de estar comigo novamente, pelo menos não pra ficarmos sozinhos sem um adulto por perto, mas ele não fez
questão de aparecer mais. – O que já estava ruim de aguentar ficou pior.