Depois de alguns dias começamos a reforma na casa. Depois do incêndio a sala de estar foi prioridade e agora estamos procurando um paisagista de confiança para fazer uma cerca viva do lado externo. Nessa cidade esta difícil então eu fico tentando sem sucesso arrumar alguém de Bridgeport, mas eles se recusam a vir a esse fim de mundo. – Fora isso eu ficava com total falta do que fazer então eu comecei a adquirir um péssimo hábito de dormir durante a parte da tarde ao lado da Alice. Adoro ficar observando ela dormir até que eu caia no sono.
Só que hoje dormi demais... Ou pelo menos acordei depois dela. – Acordei ainda sonolenta passando as mãos pela cama a procura da minha pequena, mas ela já havia descido da cama sem que eu me desse conta.
- Alice? – Por mais que eu a chamasse ela não me respondia. Comecei a ficar preocupada e sai pela casa atrás dela. – Quarto, banheiro, sala e nem um sinal dela. – Claro que isso me deixou com um principio de pânico.
A porta da dos fundos se encontrava aberta e foi pra lá que eu fui enquanto continuava a chamar
Comecei dando a volta por toda casa e nada da Alice. – Em frente de casa olhei para os lados e nem um sinal dela então o desespero começou a tomar conta de mim. – Pra onde ela poderia ter ido? Direita ou esquerda? E se ela continuou em linha reta quando saiu pelos fundos? Um lugar totalmente desconhecido e que eu não conhecia absolutamente ninguém que pudesse me ajudar na busca a não ser o Miguel.
Chamei novamente seu nome e continuei sem resposta. – Que pessoa eu sou que mal consigo cuidar da minha própria filha? Por um momento me preocupei com a reação que o Miguel teria ao receber a noticia. Parei de pensar e usei a discagem rápida.
Antes que eu explicasse direito as coisas para o Miguel eu vi surgir entre as árvores um homem carregando a Alice.
- Tem alguém trazendo ela Miguel depois eu te ligo. – Desliguei o telefone eu fui de encontro a ela.
- Amor, não devia ter saído sem a mamãe! Está tudo bem com você?
- Ela está bem. Eu estava ajeitando meu jardim e a vi seguindo o meu cachorro Myke. – Eu sabia que só poderia ser daqui já que nunca havia visto ela antes... Não por aqui... Apenas por revistas.
- Fico feliz por ter reconhecido a Alice e eu agradeço de coração por me trazê-la de volta. Já estava me desesperando por não conhecer alguém por aqui e não saber por onde começar a procurar.
- Como não a reconheceria? Olhando para ela não tem como não lembrar de você. É bonita como a mãe... – De repente ele parou de falar e olhou para baixo envergonhado. – É bem... Me desculpe, é que eu sou um humilde admirador. Bem de qualquer forma agora você conhece alguém por aqui e devo dizer que foi um prazer imenso em conhecê-la pessoalmente Andrea. Meu nome é Pablo. – Moro naquela casa azul ali e se precisar de algo ficarei feliz em ajudá-la.
Depois de agradecer novamente e dizer que ele me ajudou muito ele se foi.